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Shogun é uma das melhores series de TV do ano

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Acabei de ver Shogun . Em 1980, o actor Richard Chamberlain era a estrela de uma série que fazia sentar toda a minha família em frente à TV. A série, única série americana filmada no Japão até ao momento, foi criada para agradar à audiência americana, ou mesmo mundial, sem especial foco em representar o Japão com profundidade. É possível que Shogun tenha sido a responsável pelo meu fascínio pelo Japão, um pequeno mas singular país. Doravante, e até hoje, a sua cultura, o cinema japonês, não cessaram de me fascinar. Por isso, de novo me encontrei em frente à TV para assistir à nova adaptação de Shogun, revisitando com renovado prazer as fascinantes personagens desta história, em especial o astuto e misterioso Toranaga, ou Tokugawa, que habitou no grande castelo Edo, (posteriormente, Tóquio) o maior castelo de todo o Japão. O xogunato Tokugawa governou o Japão durante os 250 anos seguintes aos acontecimentos que a série nos mostra. Esperava ver uma grande batalha - a Batalha de Sekigahar

Fallout: o fim do mundo é um produto

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  À primeira vista eu não me interessaria por adaptações de jogos de vídeo para cinema ou televisão. Os jogos nunca me cativaram e nunca adivinharia que neles haveria uma história que realmente valesse a pena conhecer. Experimentei-os ainda na sua pré-história e abandonei. Mais tarde vi o meu sobrinho jogar avidamente. Comecei a prestar atenção ao assunto. Super Mario. Resident Evil. Final Fantasy. God of War. Skyrim. Angry Birds. Grand Theft Auto...A variedade é imensa. É possível que se tivesse investido na pesquisa talvez tivesse encontrado algum que me agradasse! A popularidade deste tipo de entretenimento é, em si mesma, um fenómeno que agarra adolescentes e adultos com idêntico magnetismo. Jogos criam universos e regras onde os jogadores mergulham de cabeça e se esquecem do mundo. Acarretam perigos quando se perde o controlo sobre o tempo que se lhes dedica. O vício de jogar pode interferir de forma negativa na vida do jovem ou do adulto. Mas este texto não é sobre isso.  Por alg

25 de Abril, sempre!

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Fotografia de Alfredo Cunha A Salgueiro Maia , por Sophia de Mello Breyner Aquele que na hora da vitória Respeitou o vencido Aquele que deu tudo e não pediu a paga Aquele que na hora da ganância Perdeu o apetite Aquele que amou os outros e por isso Não colaborou com a sua ignorância ou vício Aquele que foi «Fiel à palavra dada à ideia tida» Como antes dele mas também por ele Pessoa disse. Fotografias de Alfredo Cunha 25 de abril de 1974  Terreiro do Paço, Lisboa  Pelas 06h00, o centro político do Estado Novo foi ocupado por uma Força da Escola Prática de Cavalaria, de Santarém, comandada pelo Capitão Salgueiro Maia, a que se juntou, de seguida, um pelotão do Regimento de Cavalaria 7, a principal unidade afeta ao Regime. (Fonte: Exército Português, pg do FB) Poema de Abril , por Sidónio Muralha A farda dos homens voltou a ser pele (porque a vocação de tudo o que é vivo é voltar às fontes). Foi este o prodígio do povo ultrajado, do povo banido que trouxe das trevas pedaços de sol. Foi es

As poeiras do Sahara, do Sáara ou do Sara?

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  Fui consultar o Ciberdúvidas pois numa pesquisa sobre as poeiras que nos têm transtornado a vida nos últimos tempos, vi, de uma assentada, uma variedade de grafias. Surpresa! Todas estão correctas!   Sahara , com h, é a forma internacional, corrente nos media. A forma Sáara – topónimo com origem no   árabe çahará , com o significado de «ruivo, amarelo», é privilegiada no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa. Sara é a forma preferia no Vocabulário da Língua Portuguesa e  Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora, que consideram inexatas as formas Saara e Saará.  O saber não ocupa lugar!

Eclipse conspiracy theory

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Lesley Thiel opinion on AI generated images

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Tinha acabado de publicar O caos das imagens geradas por AI e o algorítmo indicou-me este texto escrito pela pintora irlandesa Lesley Thiel. Já era tarde e não pude escrever um comentário ao mesmo. A opinião dela reforça a minha ideia de que o uso destes geradores está desgovernado. Alguma coisa devia ser feita, o quê, exactamente, não sei. Enquanto isso, temos os "artistas" que publicam imagens AI para obter "atenção", ou o que for, e os "escritores" que  escrevem palermices acerca do  seu uso exactamente para o mesmo efeito, que, de igual maneira, se tornam imensamente populares.  Bombar postagens apalhaçadas para manter o algorítmo entretido é uma tendência forte. Os textos questionadores, como o desta artista, que nos fazem parar e pensar no assunto, são relegados para segundo plano. É a vida de todos os dias nas redes sociais. Cada vez tenho menos paciência para ela. Esta artista rejeita a utilização de modelos AI em qualquer fase do seu trabalho. E e

O caos das imagens geradas por inteligência artificial

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  Imagens geradas por AI. Fico surpreendida  quando observo certas reações. Há quem adore, há quem abomine. Isso eu entendo. Já não entendo que as pessoas olhem uma imagem, se emocionem  com ela, mas que não se sintam defraudadas emocionalmente ao descobrirem que foi gerada por uma máquina. Comigo acontece  ficar desiludida, desapontada. Fui enganada. Então a imagem em questão perde  o apelo "emocional" o que não quer dizer que não possa, de forma objectiva, considerar que é um trunfo do ponto de vista criativo. Acredito que muito em breve todas as imagens geradas por inteligência artificial comecem a apresentar uma etiqueta, um sinal gerado de forma automática que permita, mesmo aos distraídos, perceberem que aquilo que parece uma fotografia,  uma ilustração,  um desenho,  uma pintura, sim, isso mesmo, resulta de criação artificial. E isso é mesmo necessário?, perguntarão alguns. Sim, acho que sim. Neste blogue já abordei o que são os modelos de inteligência artificial (IA)